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O secretário de Estado americano, Colin Powell, disse neste domingo, dia 8, que não se pode permitir que o ataque conjunto realizado por três grupos radicais palestinos neste domingo estrague o andamento do "mapa do caminho", o plano de paz para o Oriente Médio apoiado pelos Estados Unidos. Quatro soldados israelenses e três militantes palestinos morreram.
– O que temos que assegurar agora é que esse incidente trágico e terrível não estrague a oportunidade representada pelo mapa do caminho, que começou a andar nas reuniões de cúpula de Sharm el-Sheikh and Aqaba na semana passada – disse Powell, em uma entrevista à emissora Fox.
O ataque foi assumido pelos grupos Hamas, Jihad Islâmica e Brigada dos Mártires de Al-Aqsa, que negaram os apelos por uma trégua feitos pelo primeiro-ministro palestino, Mahmoud Abbas. O atentado ocorre menos de uma semana depois de o presidente dos EUA viajar ao Oriente Médio para obter apoio ao plano de paz, que prevê a criação de um Estado palestino em 2005.
Powell disse que o mapa do caminho é uma "alta prioridade" de Bush, mas que Abbas e o primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, têm que cooperar no combate do terrorismo.
– Vamos ter que trabalhar juntos para controlar o terrorismo, mas, ao mesmo tempo, não deixar que o terrorismo nos impeça de avançar. É uma situação difícil, mas se fosse fácil, teria sido resolvida há muitos, muitos anos – disse Powell.
Ainda durante entrevistas em programas da televisão americana, as autoridades do governo Bush rejeitaram as acusações de que teriam exagerado nas ameaças representadas pelas supostas armas do Iraque, descrevendo as críticas de "ultrajantes" e resultado de "história revisionista". Powell e a conselheira de segurança nacional Condoleezza Rice disseram ter havido amplo consenso da comunidade de segurança de que o Iraque possuía armas de destruição em massa, e eles acreditam que as informações foram examinadas.
– Não temos nenhuma dúvida de que nos últimos anos, eles conservaram tais armas ou conservaram a capacidade de iniciar a produção de tais armas. Nós também sabemos que eles são mestres em fraude e mestres em esconder tais coisas, por isso é preciso um pouco de paciência – disse Powell no programa Late Edition, da CNN.
Powell descreveu como "realmente ultrajante" a crítica de que as justificativas para a guerra foram inventadas. As preocupações vêm aumentando no mundo todo porque o arsenal de armas de destruição em massa descrito pelo governo dos Estados Unidos ainda não foi encontrado nas semanas após a guerra que derrubou o ex-presidente iraquiano Saddam Hussein.
Críticos que questionam se o governo norte-americano usou informações errôneas ou manipuladas como base para a guerra apontaram para um relatório da Agência de Inteligência de Defesa, de setembro de 2002, revelado na semana passada, que dizia que a agência não tinha "informações confiáveis" o bastante sobre as supostas armas químicas do Iraque.
Powell e Rice disseram que a declaração foi tirada do contexto, dando uma impressão errada do relatório. Rice, no programa This Week, da rede ABC, disse que uma estimativa de uma agência de segurança nacional em outubro dizia que o Iraque provavelmente teria de 100 a 500 toneladas de agentes químicos. A coselheira disse várias vezes que os críticos estavam usando "história revisionista" para questionar se o Iraque tinha armas que ameaçavam os EUA.
Powell também defendeu as acusações americanas de que dois laboratórios móveis eram usados para agentes biológicos, dizendo na Fox que "minha melhor justificativa" para isso era que "se eles não fossem laboratórios biológicos, posso garantir a vocês, na manhã seguinte os iraquianos os teriam apresentado" para os inspetores de armas da Organização das Nações Unidas (ONU) e para a imprensa internacional.
Com informações da agência Reuters e Globo News.
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